Para refletir

«Não ofende quem quer, mas sim quem pode»

É uma expressão que já todos teremos ouvido várias vezes, proferida por algumas pessoas sábias, em geral, de mais idade.
É uma grande verdade, se me permitem dar a minha opinião.
Contudo, apesar de todos podermos perceber como este provérbio é sensato, de o podermos usar com a intenção de não nos sentirmos ofendidos perante frases pouco simpáticas a nosso respeito, parece quase antinatural ao ser humano - a qualquer animal, na verdade - não responder de maneira agressiva quando se percebe uma intenção agressiva no outro.
É difícil (apesar de não se impossível) aceitar com indiferença uma frase em que se intui que a outra pessoa nos pretende ferir. E nisto estamos de acordo.
Contudo, é neste ponto do meu raciocínio que gostaria de ceder a palavra a Lou Marinoff, o filósofo norte-americano faz-nos refletir sobre a diferença entre o DANO e a OFENSA, ser FERIDO é diferente de ser OFENDIDO. Esta viria a ser, em resumo, a sua argumentação, a qual partilho.
«Se alguém me agride fisicamente ou me calunia, sofrerei feridas no meu corpo ou danos na minha imagem pública. No entanto, se alguém apenas diz algo pouco elogioso sobre mim, não dependerá desse alguém que eu me sinta vexado; se me ofender, serei co-autor, por assim dizer».
«Para que alguém me ofenda, precisa da minha permissão»
Seria a minha maneira particular de expressar o mesmo.